Em momentos de incerteza, podem sempre existir picos de consumo devido a açambarcamento porque existe uma ameaça ou, novas oportunidades originadas pelo facto gerador da incerteza. Contudo numa perspetiva de médio/longo prazo e na economia como um todo; a incerteza tem um efeito negativo.
Como atualmente o novo normal é saltarmos de incerteza em incerteza, o desafio que se coloca às empresas é o de conseguir crescimento num ambiente de adiamento de investimento e de retração de consumo, praticamente permanente.
A incerteza mina a confiança e sem confiança o comportamento humano é, naturalmente, de defesa no seu mais primitivo sentido, isto é, poupar recursos e energia para enfrentar a ameaça ou agressividade que pode surgir do que não prevemos.
Portanto as estratégias de relacionamento e comunicação devem basear-se na partilha de confiança e de uma ideia o mais clara possível quanto ao futuro.
Podendo parecer uma tarefa fácil, não é, se o quisermos fazer com credibilidade.
É aqui que o desafio enfrenta verdadeiras dificuldades como poderemos partilhar uma ideia clara quanto a um futuro que não conhecemos?
Não é fácil nem existe uma receita infalível, apenas um conjunto de ideias que nos permitem, em cada contexto, procurar tendências e conceitos que derivam em análises prospetivas com um grau de probabilidade aceitável e, mais que isso, com planos para os quais, caso o cenário não se verifique temos um plano B ou capacidade de resposta com agilidade; isto é, não ficamos sem solução.
Partilho algumas ideias que podem ajudar à geração de confiança e de uma ideia relativamente clara sobre o futuro, ainda que incerta, obviamente:
· Devemos procurar analisar de forma permanente e constante quais as tendências e eventos inerentes ao nosso negócio e dos nossos clientes que, ainda que sejam da “macro” PESTEL impactam o nosso negócio e o dos nossos clientes;
· Com base nesta informação deveremos desenvolver cenários, atribuir-lhe probabilidades e definir o que fazer no caso de estes se efetivarem;
· Adotar uma atitude de humildade e de total abertura para corrigir as análises no caso de estas falharem;
· Comunicar, a cada momento, com clientes e demais stackeholders, o que vamos aprendendo sobre o futuro e sobre a realidade presente, de forma honesta e deixando claro quais as debilidades das nossas perceções e conclusões. Uma atitude muito assertiva perante um futuro de elevada incerteza não é credível e denota falta de inteligência e uma atitude de “venda” agressiva.
· Diversificar em geografias e em portfolio de produtos e marcas, por forma a mitigar o risco, pois muitas das incertezas são só geradas em determinados setores e/ou em determinadas geografias.
Análise constante, humildade, capacidade de mudança e relações verdadeiras e autênticas em interação constante são, em minha opinião, o melhor modelo para trabalhar em incerteza.
Cookie | Duration | Description |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |